Poli-USP tira paredão de matemática do início dos cursos de engenharia
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) aprovou no começo de maio uma reforma no currículo de seus cursos de Engenharia. O professor Paul Jean Jeszensky, que coordenou o projeto de mudança, conta que o objetivo era promover uma maior flexibilização da grade curricular, conferindo aos alunos maior liberdade de escolha das disciplinas.
A idéia é formar profissionais mais generalistas e reduzir o "paredão de matemática" - concentração de disciplinas teóricas nos primeiros anos do curso, que costumava ser uma das grandes reclamações dos alunos. A mudança ocorre 10 anos depois da última reestruturação curricular. "As tecnologias têm vida muito curta. A maioria das profissões de hoje não existia há poucos anos atrás", afirma o professor.
Além disso, a resolução do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) pretende habilitar os profissionais conforme o histórico escolar. Ou seja, a trajetória acadêmica é que definiria quais atividades o profissional pode exercer.
A nova grade prevê um núcleo básico de engenharia para todos os cursos, cobrindo os cinco semestres iniciais (cálculo, física etc). Também será feito um núcleo da área de atuação do curso (por exemplo: grande área elétrica, mecânica etc) cobrindo do primeiro ao oitavo semestre. As matérias do núcleo de especialização da ênfase (que inclui as disciplinas de construção civil, e outras como telecomunicações, computação etc) estarão presentes desde o primeiro semestre e permanecerão até o oitavo. Nos dois últimos semestres existirá um núcleo especializado, de livre escolha do aluno, na sua própria ênfase ou não. Por fim, as disciplinas optativas livres estarão presentes do segundo ao décimo semestre.
Fonte: PINIweb